carne

(gr. sarx; lat. caro; in. Flesh; fr. Chair; al. Fleisch; it. Carne).

Na terminologia do Novo Testamento, especialmente em S. Paulo, é algo diferente do corpo. A carne ou carnalidade é a aversão ou a resistência à lei de Deus, e por isso o pecado ou a orientação para o pecado (p. ex., S. Paulo, Ad Rom., VII, 14; VIII, 3, 8, etc. Cf. Bultmann, Theologie des N. T, 1948, p. 223). O mesmo sentido conservou-se na linguagem comum e na pregação moralista. Esse termo foi usado em sentido diferente por Merleau-Ponty (Le visible et l’invisible, 1964), ao falar da “carne do mundo” como da substância viva comum ao corpo do homem e às coisas do mundo, que constitui, ao mesmo tempo, o objeto e o sujeito das experiências humanas. [Abbagnano]