VIDE aisthesis
Submissão e valorização dos dados subministrados pela fé, fortalecendo cada vez mais um grau mais alto de comunhão com o divino. Schelling, ap. Messer, K. H., 183, entende por experiência, não a elaboração das perfeições externas e internas pelo pensamento, mas uma experiência metafísica “mais elevada”, que extrai a razão da substância do mundo: uma consciência religiosa. Dentro desta experiência religiosa, considera Schelling, não só a chamada religião revelada, como também todas as representações mitológicas. Para James, Expérience, 290, é legítimo afirmar a existência de experiências religiosas de natureza específica, e a impossibilidade de deduzi-las, por analogias ou por induções psicológicas, de outra qualquer espécie de experiência. Em Pascal, a experiência religiosa é aceitação do sacrifício e da dor, a criatura ligada ao Cristo que sofre e está desamparado. “Jesus aparta-se dos discípulos para entrar em agonia”, diz Brunschvicg, Pascal, 163, “devemos apartar-nos dos mais próximos e íntimos para imitá-lo”. [Soares]