BRUNO (Giordano), pensador e escritor italiano (Nola, reino de Nápoles, 1548 — Roma 1600). Sua vida é um símbolo da liberdade de pensamento. Tendo entrado, aos dezessete anos, para o convento dos Dominicanos em Nápoles, estuda teologia, mas também os filósofos modernos e antigos: Heráclito, Demócrito. Seu pensamento de inspiração panteísta ocasionou-lhe a condenação em Roma, por heresia (1576); fugiu então para Genebra, depois para Toulouse e Paris; vamos reencontrá-lo como professor em Oxford, depois na Alemanha, em Praga e finalmente em Veneza, onde é entregue ao Santo Ofício; torturado, não renega suas ideias; a Igreja então o faz queimar vivo. Giordano Bruno representa a aurora do Renascimento e da reflexão individual antidogmática; de inspiração neoplatônica, preconiza o uso exclusivo da experiência e da razão para o conhecimento do mundo, empregados em substituição à fé e à tradição abstrata. É principalmente o autor de: Expulsão da besta triunfante, Da causa, do princípio e da unidade, Do infinito, do universo e dos mundos (1584). [Larousse]