(lat. relativus; in. Relative; fr. Relatif; al. Relativ; it. Relativo).
1. Aquilo que participa de uma relação ou desempenha a função de termo numa relação. Neste sentido, diz-se “o fenômeno x é relativo a y como causa”.
2. Termo que não tem significado, ou que não tem significado exato, a não ser em referência a outro termo. Neste sentido “maior”, “menor”, “duplo”, etc. são relativo porque são sempre citados com referência a alguma outra coisa.
3. Aquilo que vale somente em determinadas circunstâncias ou condições e não vale fora delas. Neste sentido, diz-se que o conhecimento é relativo ou que os valores são relativo, e que o oposto de relativo é “absoluto” ou “incondicionado”.
4. O que é relação ou concerne a uma relação. Neste sentido, diz-se, p. ex., que “o conhecimento é relativo”, “significando que ele consiste em estabelecer relações entre dados. Contudo, neste caso, o adjetivo relacionai é mais apropriado.
5. Como substantivo, o termo é usado por Schröder (Algebra der Logik, 1895) e por Peirce (Coll. Pap., 3.456.526: “The Logic of Relatives”, 1897), sendo sinônimo de relação. [Abbagnano]
Um ser é relativo na medida em que se refere a outro ou é portador (sujeito) de uma relação. Relativo, do ponto de vista conceptual, é aquilo que não pode ser definido sem relação a qualquer outro ser, p. ex., pai, filho. — Relativo do ponto de vista do ser, é: 1. o que possui o ser só em relação a outro ente, p. ex., os acidentes; 2. aquilo cujo ser fundamenta uma relação real a outro ser (todo ser finito).— Relativo, do ponto, de vista do valor, é o que vale só de maneira condicionada. — Relativo toma-se, amiúde, como sinônimo de relacionado com o sujeito, de subjetivo, ou de condicionado, devendo, neste caso, entender-se por condição aquilo de que uma coisa depende numa ordem qualquer. — Correlativo é apenas o que está em relação recíproca com outro ser, p. ex., maior, menor. — vide relação, Absoluto, relativismo, teoria da relatividade.— Brugger.