refutação

(gr. elenchos; lat. confutato; in. Confutation; fr. Refutation; al. Widerlegung; it. Confutazioné).

Método adotado por Sócrates, que consiste em evidenciar a contradição à qual leva a asserção do interlocutor, permitindo, pois, isentar o próprio interlocutor da presunção de saber. Platão sempre considerou esse procedimento como a propedêutica indispensável da investigação científica (Ap., 21 a ss.; Men., 84 a-c; Sof, 230 b ss.). Aristóteles definiu a refutação como a “demonstração do contraditório” (El. sof, I, 165 a 2), isto é, como o silogismo que a tem como conclusão (que é assim “refutada”). Para Aristóteles, as refutação (elencos) sofísticas não são verdadeiras refutação; suas duas classes (as que utilizam o modo de exprimir-se e as que prescindem dele) são não demonstrações negativas, mas artifícios ou truques verbais cuja finalidade é reduzir o adversário ao silêncio e de levar a melhor. [Abbagnano]