(in. Polarity; fr. Polarité; al. Polaritàt; it. Polarità).
Conexão necessária de dois princípios opostos entre si. Neste sentido, o conceito foi empregado por Schelling na obra Sobre a alma do mundo (1798). A alma do mundo, segundo Schelling, age na natureza por meio das duas forças opostas de atração e repulsão, cujo conflito constitui o dualismo e cuja unificação constitui a polaridade da natureza (Werke, I, II, p. 381). Por vezes o conceito de polaridade foi generalizado, transformando-se em princípio. Na filosofia contemporânea, isso foi feito por Morris R. Cohen, que não o entendeu como princípio da identidade, “mas da necessária co-presença e da subordinação recíproca das determinações opostas”. Na física, esse princípio seria representado pela lei de ação e reação e pela lei segundo a qual onde há força há também resistência. Na biologia, seria expresso pelo aforismo de Huxley, de que o protoplasma só consegue viver morrendo continuamente. Na ética, seria expresso pela interdependência do sacrifício e da realização pessoal (Introduction to Logic, IV, 2; trad. it., p. 125). [Abbagnano]