perfeito

(gr. teleios; lat. perfect; fr. Parfait; al. Vollkommen; it. Perfecto).

Aristóteles distinguia três significados do termo: 1) aquilo a que não falta nenhuma de suas partes, ou além do qual não se pode achar nenhuma parte que lhe pertença; 2) o que possui, em sua espécie, uma excelência que não pode ser sobrepujada, sendo, pois, perfeito o flautista ou o ladrão que não encontrem rivais; 3) o que atingiu seu objetivo, desde que se trate de um bom objetivo (Met., V, 16, 1021 b 12 ss.). No primeiro sentido, perfeito é o completo, aquilo a que não falte nenhuma das partes integrantes. No segundo, perfeito é o excelente em relação a outras coisas da mesma espécie; no terceiro, perfeito é o real ou atual, porque cumpriu seu objetivo. Esses significados não mudaram ao longo da história da filosofia. É claro que, enquanto o 2o significado é relativo e, portanto, não metafísico — porque exprime só a excelência relativa de uma coisa numa ordem estabelecida de coisas —, os outros dois são absolutos e pertencem à tradição metafísica. [Abbagnano]