diz-se dos dogmas, dos mistérios e dos princípios filosóficos atribuído a Orfeu (poeta místico da Antiguidade grega). — O orfismo ensinava a divindade da alma e a impureza do corpo; a morte era uma libertação. O centro de suas preocupações era o problema da vida futura. Essa mística suscitou uma abundante literatura, daí advindo os poemas órficos; encontrou ela um auxiliar no pitagorismo e exerceu até o fim da Antiguidade uma profunda influência moral: é achado, às vezes, em Platão esse desligamento em relação à vida, essa nostalgia da vida futura, que caracterizam o orfismo. “Quem sabe, dizia Sócrates, se a vida presente é a morte, e a morte o começo da vida?” (Larousse)