(in. Neo-Hegelianism; fr. Néo-Hegélianisme; al. Neuhegelianismus; it. Neohegelismó).
Retorno ao idealismo romântico, ocorrido na Inglaterra, na Itália e na América nos últimos decênios do séc. XIX e nos primeiros do séc. XX. O neo-hegelianismo, assim como o idealismo romântico de que é sucessor direto, tem como tese fundamental a identidade entre finito e infinito, a redução do homem e do mundo da experiência humana ao Absoluto. O neo-idealismo anglo-americano e o italiano distinguem-se no modo de efetuarem essa redução. O idealismo anglo-americano faz isso por vias negativas, mostrando que o finito, por sua intrínseca irracionalidade, não é real, ou é real apenas na medida em que revela e manifesta o infinito. O idealismo italiano utiliza as vias positivas, mostrando na própria estrutura do finito, em sua racionalidade intrínseca e necessária, a presença e a realidade do infinito. Este era também o modo sustentado por Hegel e por todo o idealismo romântico. À corrente inglesa pertencem C. H. Stirling, T. H. Green, B. Bosanquet, J. E. McTaggart e especialmente F. H Bradley, que é o seu maior representante. Na América, o maior expoente do neo-hegelianismo foi J. Royce. Os maiores representantes do idealismo italiano foram G. Gentile e B. Croce. Sobre todos, v. idealismo. [Abbagnano]