Maritain, Jacques (1882-1973) O filósofo francês (nascido em Paris) Maritain pode ser considerado um dos mais importantes pensadores católicos do período entre-guerras. Convertido ao catolicismo por influência de Léon Bloy (1906), após ter sido discípulo de Bergson, tornou-se um dos principais representantes da neo-escolástica e. especialmente, do “neotomismo, cujas teses fundamentais explicou e defendeu com ardor. Toda a sua vasta obra, no campo da arte. da política e da metafísica, é perpassada pela preocupação fundamental de descompatibilizar a fé católica com os saberes das ciências positivas. Seu projeto foi o de instaurar uma metafísica cristã que, ao afirmar o primado da questão ontológica sobre a gnoseológica, permitisse evitar os erros e os desvios aos quais sucumbira o idealismo moderno. “A metafísica. que considero como fundada em verdade, pode caracterizar-se como um realismo crítico e como uma filosofia da inteligência e do ser ou, mais justamente. do existir considerado como o ato e a perfeição de todas as perfeições” (Confissão de fé. 1941). Convencido de que a filosofia tomista não constitui um pensamento do passado a ser restaurado, mas um pensamento vivo a ser aprofundado. dedica-se, de corpo e alma, à mis-são de atualizar o tomismo numa perspectiva bastante personalista e cristã do homem. Seus livros mais importantes são: Arte e escolástica (1920), Os graus do saber (1932)_ Sete lições sobre o ser (1934), Ciência e sabedoria (1935), Filosofia da natureza (1941), De Bergson a Tonas de Aquino (1944). O humanismo integral (1944), A pessoa e o bem comum (1947). [DBF]