neotomismo

(in. Neo-Thomism; fr. Néo-thomisme, al. Neutbomismus; it. Neotomismó).

Com este termo ou com o outro, bem menos apropriado, de “neo-escolástica” entende-se o movimento de retorno à doutrina de Tomás de Aquino de Aquino, no seio da cultura católica, que foi iniciado pela encíclica Aeterni Patris de Leão XIII (4 de agosto de 1879). Esse movimento consiste na defesa das teses filosóficas tomistas contra as diversas tendências da filosofia contemporânea e, indiretamente, na reelaboração e na modernização de tais teses. Uma das primeiras figuras do neotomismo foi o cardeal belga Désiré Mercier (falecido em 1925), enquanto entre as figuras mais conhecidas do mundo contemporâneo estão E. Gilson e J. Maritain. Habitualmente o tomismo aceita a problemática da filosofia contemporânea, mas procura integrá-la na sistemática tomista. Um dos mais importantes efeitos da florescência neotomista foi a importância que voltou a ser atribuída, a partir dos últimos decênios do séc. XIX, aos estudos de filosofia medieval, isto é, da escolástica clássica. [Abbagnano]