É o oposto contraditório de possibilidade; portanto, contrapõe-se tanto à contingência quanto à necessidade. Assim como na possibilidade, também aqui temos que distinguir entre impossibilidade intrínseca e impossibilidade extrínseca. Intrinsecamente impossível ou nada absoluto é o contraditório em si mesmo (= impossibilidade metafísica). O intrinsecamente impossível é também impossível absolutamente, ou seja, em qualquer sentido. O que, pelo contrário, não é intrinsecamente impossível, não é impossível em absoluto ou sob todos os pontos de vista. — A impossibilidade extrínseca denota a incapacidade de uma causa para produzir alguma coisa. Assim, é impossível que um recém-nascido mova um fardo pesado (incapacidade ativa) ou que a madeira úmida pegue fogo (incapacidade passiva). Como as ciências não-filosóficas consideram, acima de tudo, a impossibilidade extrínseca e se limitam a julgar segundo a incapacidade ativa ou passiva das causas próximas, tem-se por impossível, em sentido científico-natural, o que contradiz as leis naturais (= impossibilidade física). No que tange à onipotência de Deus, não há impossibilidade (extrínseca) alguma. Moralmente impossível é o que a vontade livre só a custo e com esforço extraordinário consegue realizar, de sorte que raras vezes acontece. — Brugger.