(gr. hypotiposis; al. Hypotypose).
Este termo, que significa bosquejo ou esboço (neste sentido é encontrado no título da obra de Sexto Empírico, Pirr. hyp.), foi usado pelos retóricos para indicar a figura em virtude da qual um assunto é vividamente descrito em palavras (Quintiliano, lnst., IX, 2, 40). Kant utilizou essa palavra em sentido análogo, para expressar a relação entre a beleza e a moralidade: a beleza, como símbolo da moralidade, é a hipotipose dela, ou seja, sua vigorosa manifestação intuitiva. Enquanto as palavras e os outros signos são simples expressões dos conceitos, as hipotiposes são exibições ou manifestações do conceito em forma intuitiva (Crít. do Juízo, § 59). [Abbagnano]