HARTMANN (Nicolai), filósofo alemão (Riga 1882 — Göttingen 1950). Desenvolve uma Metafísica do conhecimento (1927), inspirada simultaneamente na filosofia da identidade de Schelling e na fenomenologia de Husserl: procura unir uma teoria do “conhecimento” com uma ontologia do “objeto” do conhecimento, numa identidade absoluta entre o sujeito e o objeto; sua reflexão filosófica desenvolve-se correlativamente em três momentos: 1.° fenomenologia do conhecimento; 2.° aporética (consciência dos problemas insolúveis); 3.° ontologia (teoria do ser). De-ve-se-lhe além disso uma Ética (1926), um ensaio Sobre o fundamento da ontologia (1935) e uma Filosofia do idealismo alemão. (Não confundir com o filósofo hegeliano e vitalista Edward von Hartmann [1842-1906].) [LArousse]
Eduard von Hartmann (1842-1906) julga que a explicação dos fenômenos da natureza e especialmente dos fenômenos orgânicos deve-se a um princípio criador do mundo, princípio ativo e cego, análogo à ideia absoluta de Hegel e à vontade absoluta de Schopenhauer, mas que antecede a ambas, que são seus atributos, ao qual ele chama de Inconsciente. É este o incondicionado de Hartmann, a arque de todas as coisas, que, como incondicionado, não pode explicar-se por meio de qualquer relação. É assim o Absoluto. Esse princípio ativo é inconsciente. [MFS]