(lat. Denominatio; in. Denomination; fr. Dénomination; al. Benennung; it. Denominazione).
Em relação aos denominativos ou parônimos, distinguidos por Aristóteles dos equívocos e dos unívocos, os nominalistas do séc. XIV empregaram esse termo para indicar a função das “segundas intenções”, isto é, dos conceitos lógicos (como “conceito”, “categoria”, etc.) que não se referem a coisas, mas servem só para denominá-las. Diz Pedro Auréolo: “A lógica, que considera as intenções segundas, trata das intelecções não enquanto coisas verdadeiras, mas enquanto semelhanças que denominam as coisas” (In Sent., I, d. 23, a. 1). Nesse sentido as intenções segundas são objetos só “denominativamente”, do mesmo modo como se pode chamar de “César” um retrato de César. A Lógica de Port-Royal usou a expressão “modos externos” ou “denominação extrínseca” para indicar os modos em que a substância deriva da ação de outra coisa; p. ex.: ser amado, ser visto, ser desejado, etc. (Arnauld, Logique, I, 2). [Abbagnano]