(gr. kriterion; lat. Criterium; in. Criterion; fr. Critère; al. Kriterium; it. Critério).
sinal que permite distinguir o verdadeiro do falso, que permite julgar. — O critério da verdade, buscado por quase todos os filósofos, é o sinal distintivo que nos permite reconhecê-la. Para os empiristas (como Hume), a certeza sobre a verdade resulta do “sentimento de realidade” que acompanha o conhecimento (o “hábito” tendo aí uma grande participação). Para os racionalistas (como Descartes), o sentimento de racionalidade, ou sentimento de evidência, é que é o critério do verdadeiro. [Larousse]
Uma regra para decidir o que é verdadeiro ou falso, o que se deve fazer ou não, etc. O problema de um critério capaz de dirigir o homem apresentou-se só no período pós-aristotélico da filosofia grega, quando a filosofia assumiu caráter predominantemente prático. Assim, para Epicuro a sensação era o critério da verdade e o prazer sensível, o critério do bem (D.L., X, 3D. Para os estoicos, a representação cataléptica era o critério da verdade (Ibid., VII, 54) e o viver segundo a natureza era o critério da conduta (Ibid., VII, 87). Por sua vez, os cépticos, negando a validade desses critério, estabeleceram como seu próprio critério a adesão aos fenômenos e a vida segundo os costumes, as leis e as instituições tradicionais, bem como segundo suas próprias afeições (Sexto Empírico, Pirr. hyp., 21-24). Está claro que toda filosofia, ainda quando não elabora uma doutrina específica a respeito, tende sempre a apresentar ao homem um critério para dirigir suas opções, especialmente as que têm importância decisiva em sua vida. Kant usou, em vez de critério, a palavra cânon. [Abbagnano]