Segundo Christophe Andruzac, a «adoração» é o ato voluntário do homem para com seu Criador reconhecido como sendo a fonte viva da ordem do universo. Este reconhecimento se exprime por gestos testemunhando uma dependência: oferenda das primícias de um rebanho, de uma colheita, do pão doméstico que faz viver, etc. Após o ato de oferenda (ou holocausto) celebrado pelo Grande Sacerdote que representa a comunidade, os objetos que serviram de «suporte» ao ato de reconhecimento são em geral consumidos (ou destruídos de uma outra maneira) por um lado para não mais poder servir a ninguém e por outro lado para melhor testemunhar da gratuidade.
Christophe
Segundo Christophe Andruzac, a «adoração» é o ato voluntário do homem para com seu Criador reconhecido como sendo a fonte viva da ordem do universo. Este reconhecimento se exprime por gestos testemunhando uma dependência: oferenda das primícias de um rebanho, de uma colheita, do pão doméstico que faz viver, etc. Após o ato de oferenda (ou holocausto) celebrado pelo Grande Sacerdote que representa a comunidade, os objetos que serviram de «suporte» ao ato de reconhecimento são em geral consumidos (ou destruídos de uma outra maneira) por um lado para não mais poder servir a ninguém e por outro lado para melhor testemunhar da gratuidade.
Roberto Pla
Evangelho de Tomé – Logion 103
A adoração a praticaram os “magos” que descreve Mateus, quando depois de uma longa viagem de busca puderam acercar-se do “pequenino”, do Filho de Deus, em seguida “prostrando-se o adoraram”. A “adoração” forma parte do mandato, do desígnio último de Deus, para todos seus “filhos”, enquanto estes são já “filhos”, quer dizer, feitos anjos, deuses ou pneuma.
No diálogo de Jesus com a alma samaritana, no quarto evangelho, se fala deste “adoração”, deste estar “em vigília”, deste contemplar até o esquecimento de si mesmo, como de um cumprimento da Vida “em espírito” do homem: “Deus é espírito e os que o adoram devem adorá-lo em espírito e verdade” (Jo 4,24).
O que explica Jesus nesta ocasião é muito importante, pois diz que chegou a hora — e essa hora segue vigente em nosso tempo — em que a adoração ao Pai não deverá ser fazer, “nem neste monte, nem em Jerusalém” (como se dissesse: nem em nenhum “lugar” objetivo), senão que os adoradores verdadeiros (os que sabem adorar e adoram de verdade), adorarão o que conhecem (em sua própria interioridade), e adorarão ao Pai em espírito e verdade.