A “lei da circulação das elites” de Vilfredo Pareto está muito bem exposta na Introdução da obra Les Systèmes Socialistes, Giard, 1926. Ao fato de que as elites se formam pela depuração das qualidades de todo o corpo social, devemos acrescentar que essas qualidades se depuram segundo os modelos que regem o corpo social. As qualidades requeridas pelas elites medievais diferem das que são requeridas nas sociedades de comerciantes e industriais. A natureza das elites depende por isso da natureza dos modelos. Ao modelo da Rev. Francesa Edmund Burke opunha o Estado dos santos e dos cavaleiros; ao modelo cosmopolita os românticos opunham o modelo nacional. Acreditaram na força ideoplástica dos modelos desde que, no Idealismo absoluto, as realidades são concretizações de modelos prévios. [BARBUY, Heraldo. O Problema do ser e outros ensaios. São Paulo: Convívio, 1984, p. 285]