Vuillemin, Jules (1920- ) Professor de filosofia das ciências (física e matemática) no Collège de France desde 1962, quando sucedeu a Merleau-Ponty, o filósofo francês Jules Vuillemin, em suas análises dos fundamentos da matemática, enfatiza a decisão humana, que se encontra na origem de todo conhecimento e, particularmente, da matemática, que são construções. Critica o dogmatismo de Husserl e de sua teoria das essências. E afirma que “todo conhecimento, qualquer que seja, é metafísico, pois implica, em seu princípio, decisões e opções que não pertencem à jurisdição interior desse conhecimento”. Resultam quatro consequências: a) não há conhecimento neutro; b) há várias matemáticas; c) a matemática não é uma ciência positiva; d) a filosofia não possui nenhum privilégio de evidência que permita à representação tornar-se independente das decisões que engajam a atividade teórica. O objeto geral da filosofia consiste em estudar os motivos das opções metafísicas em relação com a liberdade do homem. Obras principais: L’héritage kantien de la révolution copernicienne (1954), Physique et métaphysique kantiennes (1955), La philosophie de l’algèbre (1962), Leçons sur la première philosophie de Russell (1968), La logigue et le monde sensible (1971). [Japiassu]