Termo estabelecido por Saussure para designar a sequência das unidades em que se funda a cadeia verbal. O sintagma contém, portanto, pelo menos dois elementos constitutivos, os quais não se confundem com a sucessão de duas palavras, pois já uma palavra isolada pode dispor de mais de uma unidade consecutiva (por ex., leg — ível, quis — e — mos). Daí a precisão com que Martinet o define: “Designa-se por sintagma qualquer combinação de monemas”. — Dentro da construção do citado linguista francês, o sintagma se subdivide em autônomo e predicativo. O autônomo vem normalmente acompanhado de um monema indicador da relação em que o elemento seguinte se encontra quanto ao contexto. Assim no exemplo virei de carro, de é um monema gramatical que indica a relação que o elemento carro desempenha no contexto frásico. Mesmo quando não antecedido de monema gramatical, o sintagma autônomo sempre desempenha, na frase, o papel de circunstancial. Sintagma predicativo, ao invés, é o núcleo da frase, o elemento capaz de transmitir a informação básica, mesmo se despojado do acompanhante formado pelos sintagmas autônomos. No exemplo acima indicado, este papel é exercido por virei (onde se incluem dois monemas, vir, indicativo de certa ação verbal e ei, indicativo de tempo e pessoa) . (Luiz Carlos Lima – DCC)