simbolismo tipológico

A fórmula da analogia, aplicada ao espaço, é a base do simbolismo tipológico, isto é, dos símbolos que exprimem as correspondências entre os protótipos no alto e suas manifestações em baixo; a fórmula da analogia aplicada ao tempo é a base do simbolismo mitológico, isto é, dos símbolos que exprimem as correspondências entre os arquétipos no passado e sua manifestação no presente. Assim o mago é símbolo tipológico; ele nos revela o protótipo do HomemEspírito, Adão e Eva, Caim e Abel e, se quisermos, o “Cisma de Irschu” de Saint-Yves d’Alyeydre, ao contrário, são mitos; eles revelam os arquétipos que se manifestam sem cessar na história e em cada biografia individual — são símbolos mitológicos pertencentes ao domínio do tempo.

Essas duas categorias de simbolismo, baseadas na analogia, constituem, pela sua relação mútua, uma cruz:

Eis o que escreve sobre o mito (isto é, sobre o simbolismo do tempo ou simbolismo histórico, segundo a nossa definição) Hans Leisegang, autor de livro clássico sobre a Gnose: “O mito exprime na forma de narração de caso particular, uma ideia eterna, intuitivamente reconhecida por aquele que a revive na ação” (La Gnose, Payot, Paris, 1951, p. 42).

E eis o que diz dos símbolos tipológicos Marc Haven no capitulo sobre o simbolismo, em seu livro póstumo Le Tarot (1937): “As nossas sensações, símbolos de movimentos exteriores, não se parecem com eles (isto é, com os fenômenos) como as ondulações da areia, no deserto, não se parecem com o vento que forma os montículos e como o fluxo e refluxo das águas do mar não se parecem com os movimentos combinados do Sol e da Lua. Eles são os seus símbolos… A opinião de Kant, de Hamilton e de Spencer, que reduzem os movimentos de dentro a simples símbolos de realidade oculta, é mais racional e mais verdadeira (do que o realismo ingênuo — nota do autor). A própria ciência deve resignar-se a ser apenas simbolismo consciente de si mesma. . . Mas a simbólica tem alcance muito diferente. Ciência das ciências, como a chamavam os antigos (Decourcelle, Traité des symboles, Paris, 1806), e língua universal e divina, ela proclama e prova a hierarquia das formas desde o mundo arquetípico até o mundo material e as relações que os unem; numa palavra, ela é a prova tangível da solidariedade dos seres” (pp. 19, 20, 24).

Eis pois duas definições dos símbolos do tempo ou dos mitos e dos do espaço ou da correspondência dos mundos “desde o mundo arquetípico até o mundo material” — formuladas, uma, por sábio alemão em Lípsia, em 1924, e, a outra, por hermetista francês em Lião, em 1906 — que exprimem exatamente as ideias dos dois gêneros da simbólica — o mitológico e o tipológico — que acabamos de apresentar.

A “Tábua de Esmeralda” visa somente ao simbolismo tipológico ou do espaço — a analogia entre o que está “em cima” e o que está “em baixo”. Por isso, é necessário acrescentar-lhe, por extensão, a fórmula correspondente, que visa ao simbolismo mitológico ou simbolismo do tempo, que encontramos, por exemplo, no livro do Gênesis. (M22AMT)


A fórmula da analogia, aplicada ao espaço, é a base do simbolismo tipológico, isto é, dos símbolos que exprimem as correspondências entre os protótipos no alto e suas manifestações em baixo; a fórmula da analogia aplicada ao tempo é a base do simbolismo mitológico, isto é, dos símbolos que exprimem as correspondências entre os arquétipos no passado e sua manifestação no presente. Assim o mago é símbolo tipológico; ele nos revela o protótipo do Homem-Espírito, Adão e Eva, Caim e Abel e, se quisermos, o “Cisma de Irschu” de Saint-Yves d’Alyeydre, ao contrário, são mitos; eles revelam os arquétipos que se manifestam sem cessar na história e em cada biografia individual — são símbolos mitológicos pertencentes ao domínio do tempo.

Essas duas categorias de simbolismo, baseadas na analogia, constituem, pela sua relação mútua, uma cruz:

Eis o que escreve sobre o mito (isto é, sobre o simbolismo do tempo ou simbolismo histórico, segundo a nossa definição) Hans Leisegang, autor de livro clássico sobre a Gnose: “O mito exprime na forma de narração de caso particular, uma ideia eterna, intuitivamente reconhecida por aquele que a revive na ação” (La Gnose, Payot, Paris, 1951, p. 42).

E eis o que diz dos símbolos tipológicos Marc Haven no capitulo sobre o simbolismo, em seu livro póstumo Le Tarot (1937): “As nossas sensações, símbolos de movimentos exteriores, não se parecem com eles (isto é, com os fenômenos) como as ondulações da areia, no deserto, não se parecem com o vento que forma os montículos e como o fluxo e refluxo das águas do mar não se parecem com os movimentos combinados do Sol e da Lua. Eles são os seus símbolos… A opinião de Kant, de Hamilton e de Spencer, que reduzem os movimentos de dentro a simples símbolos de realidade oculta, é mais racional e mais verdadeira (do que o realismo ingênuo — nota do autor). A própria ciência deve resignar-se a ser apenas simbolismo consciente de si mesma. . . Mas a simbólica tem alcance muito diferente. Ciência das ciências, como a chamavam os antigos (Decourcelle, Traité des symboles, Paris, 1806), e língua universal e divina, ela proclama e prova a hierarquia das formas desde o mundo arquetípico até o mundo material e as relações que os unem; numa palavra, ela é a prova tangível da solidariedade dos seres” (pp. 19, 20, 24).

Eis pois duas definições dos símbolos do tempo ou dos mitos e dos do espaço ou da correspondência dos mundos “desde o mundo arquetípico até o mundo material” — formuladas, uma, por sábio alemão em Lípsia, em 1924, e, a outra, por hermetista francês em Lião, em 1906 — que exprimem exatamente as ideias dos dois gêneros da simbólica — o mitológico e o tipológico — que acabamos de apresentar.

A “Tábua de Esmeralda” visa somente ao simbolismo tipológico ou do espaço — a analogia entre o que está “em cima” e o que está “em baixo”. Por isso, é necessário acrescentar-lhe, por extensão, a fórmula correspondente, que visa ao simbolismo mitológico ou simbolismo do tempo, que encontramos, por exemplo, no livro do Gênesis. (M22AMT)