É o estudo da gênese, desenvolvimento, vida, morte e ressurreição dos símbolos. Justifica-se como disciplina filosófica, pois podemos considerar todas as coisas no seu aparecer, na forma como se apresentam, como um apontar para algo ao qual elas se referem. Neste caso, o símbolo seria o modo de significar do ens (ente), que sempre se refere a algo.
Os escolásticos consideravam que, para caracterizar-se uma disciplina como ciência, deveria esta ter um triplo objeto: material, formal-terminativo e formal–motivo. Como objeto material temos todas as coisas finitas, reais ou ideais. Como objeto formal-terminativo, que é a formalidade ou perfeição, que é considerada ou estudada pela ciência, temos a que tende à referência simbólica, ao simbolizado; sem suma, a significabilidade dos seres finitos. O objeto formal–motivo, que é o instrumento pelo qual uma ciência considera o seu objeto formal é, neste caso ,o símbolo, o referente, enquanto tal. As coisas reais ou ideais pertencem a várias ciências, mas por haver nelas significações a um terceiro (o simbolizado) apresentam um aspecto específico, que não é propriamente do âmbito das outras ciências.
A simbólica terá de usar um método, que lhe seja peculiar. O método de interpretar os significados dos símbolos só pode ser o dialético, que chamamos de método dialético-simbólico, e que se funda sobretudo na analogia. Neste caso, a simbólica é uma simbologia, e como disciplina filosófica procura a significabilidade dos símbolos referindo-se aos simbolizados, bem como o seu nexo e razão de ser. [MFSDIC]