apego escrupuloso às regras. — O rigorismo da moral de Kant defende o princípio de que o homem deve agir unicamente por consideração ao dever moral e não considerar qualquer motivação externa à moral (interesse, felicidade, amizades etc). O rigorismo contrapõe-se ao pragmatismo e ao utilitarismo (para os quais o valor de uma ação é medido pelo seu êxito, pelo seu resultado). Só o rigorismo define uma atitude puramente moral. [Larousse]
Em geral, é qualquer doutrina e atitude que, no antagonismo de opiniões acerca da liceidade de uma ação, se decide sistematicamente pela opinião mais estreita e rigorosa. Em sentido estrito, o rigorismo equivale ao tuciorismo, o qual exige que na dúvida sobre a liceidade de uma ação, nunca devemos decidir-nos pela liberdade e contra uma lei meramente provável, enquanto a opinião favorável à liberdade não fôr de todo segura. O tuciorismo propriamente dito não é menos rejeitável que seu contrário, o laxismo. Com efeito, o risco de errar moralmente, operando contra uma lei duvidosa, só existe na pressuposição (indemonstrada) de que uma lei realmente duvidosa obriga a sua observância. A história mostra que o rigorismo levou, não raro, seus defensores mais obstinados a prevaricar contra deveres certos. — vide consciência, probabilismo. — Schuster. [Brugger]