restrição mental

(lat. Reservatio; in. Reservation; fr. Restriction; al. Reservation; it. Riservà).

Um dos tópicos característicos da casuística católica do séc. XVII, bem como do probabilismo ou laxismo: a tese de que uma mentira deliberada não compromete quem a pronuncia e não é pecado. Na IX de suas Cartas provinciais (1656), Pascal fez uma crítica famosa a essa tese. [Abbagnano]


Chamavam os escolásticos reservatio mentalis ou reserva mental a afirmação proferida que não reproduz fielmente o pensamento ou à qual é juntada, mentalmente, alguma reserva. Na reserva mental, o que é proferido verbalmente, nãonão expressa tudo quanto alguém pensa, como é acompanhado por alguém que a profere, da deliberação de assim faze-lo, ocultando interiormente o que a restringe ou até o que a anula. [MFSDIC]