Therefore one must eliminate the cause of the puzzle by excluding from our immediate attention to it all place (Enéada VI, 8, 11): The word epibole, whose root meaning is “casting” or “throwing upon,” we translate here as “immediate attention.” In Plotinus it is related to prosbole, “casting toward or upon” (as in V.5.7, 8: athroa prosbole or in III.8.9,19-22: epibole athroa, “immediate intuition or awareness”) and to paradoche (“reception” in VI.7.35, 19-22: epibole tini kai paradoche, “by an immediate awareness and reception”). It is a term used to specify a mode of immediate apprehension or intuition, that is beyond intellection and capable of attaining the Good/One (see Bussanich, 1988, 94; III.8.9, 19-22; VI.7.35, 19-22; and Emilsson, 2007, 92-95), but, as here, employed with a wider and more immediate application. Apparently epibole is an Epicurean term (17A, 87); LS suggest that it is a process of visualization or mental assessment of imagining something external by apprehending its image (LS 77-78 and 90). Armstrong translates epibole as “concentrated gaze,” while Bussanich (on III.8.9,19-22) translates it as “immediate intuition.”
PROSBOLE = SUGESTÃO, PROVOCAÇÃO, INCITAÇÃO INICIAL AO MAL
Interessante notar que segundo Henri Crouzel, Orígenes emprega frequentemente o termo prosbole para designar a “intuição conhecedora” (seria a intuição intelectual de René Guénon?), referindo-se ao conhecimento que podemos ter de Deus e das realidades inteligíveis contidas no Filho. Este sentido totalmente oposto ao uso como “sugestões diabólicas”, demonstra a dualidade das provações divinas, segundo a decisão que tomamos para o bem ou para o mal, para o crescimento ou para a decadência espiritual.
ESTÍMULO (prosbole): estímulo o asalto es el impulso inicial al mal (kakon). Si, mediante la fuerza de la oración (euche) constante, y la “custodia del corazón,” (phylake kardias) el mismo es inmediatamente rechazado (antirrhesis), la tentación (peirasmos) es erradicada de raíz.
Padres da Igreja — em nosso site francês
Versão em inglês da Philokalia
Marcos o Asceta a define como um “estímulo no coração (kardia), sem imagens (eikon)”; se as imagens não se apresentam ainda não há qualquer culpa no homem. Não há como se prevenir destas provocações, só se pede vigilância (nepsis).
Vigilante (nepsis) se é possível rejeitar a provocação assim que emerge na consciência, e deste modo cortar na raiz o processo de tentação (peirasmos).
Tradução francesa da Philokalia
Sugestão, no sentido da ação de “lançar em direção”, significando o acometimento à vigilância (nepsis), a agressão dos pensamentos (logismos) do mal (kakon). Vide synkatathesis e antirrhesis.
Cassiano
Germanos então perguntou: “Como acontece que mesmo contra nossa vontade (thelema) muitas idéias e pensamentos (logismos) ímpios nos perturbam, entrando clandestinamente e indetectados para roubar nossa atenção (epimeleia)? Não apenas somos incapazes de prevenir a entrada deles, mas é extremamente difícil até reconhecê-los. É possível para a mente (dianoia) estar completamente livre deles e não ser perturbada por eles em absoluto?” Abba Moisés replicou: “É impossível para a mente (dianoia) não ser perturbada por estes pensamentos (logismos). Mas se nos exercermos, está em nosso poder seja aceitá-los e dá-los nossa atenção (epimeleia), ou expulsá-los. Sua vinda não está em nosso poder controlar, mas sua expulsão está.
Ruzbehan de Shiraz: Excertos de seu Léxico do Sufismo no (TRATADO DO ESPÍRITO SANTO)
A sugestão é o estado do pensamento mobilizado pelo que aparece no coração proveniente do mundo invisível. Ela não se prolonga quando outras sugestões vêm aí se apresentar. A sugestão fundamental são as realidades invisíveis que sobrevêm no coração por meio da aparição súbita, e não quando ele está tranquilo, a fim de lhe buscar a compreensão do mundo do mistério (ghayab).
Comentário: De fato, a sugestão é um pensamento que vem ao coração sem se estabelecer, e que não provém necessariamente do mundo espiritual. Certas sugestões são louváveis, outras são nefastas. Segundo Junayd, primeiro analista desta questão, a psicologia sufi classifica as sugestões em cinco grupos principais: sugestões satânicas, sugestões da alma, sugestões angélicas, sugestões do coração, sugestões de Deus. Existe certamente numerosas variantes, o essencial sendo aprender a discernir entre as sugestões, tarefas incumbidas ao diretor espiritual. Esta temática é particularmente desenvolvida no Qut de Makki e os opúsculos iniciáticos de Najmoddin Kubra (1221). O tema do discernimento das sugestões ocupa um lugar importante na literatura ascética dos Padres do Deserto. Como pensamento súbito que agita o coração, as sugestões podem se adonar da consciência e desviar da meta. A prática da oração perpétua, quer se trate do dhikr do coração dos sufis ou da Oração de Jesus dos monges hesicastas, ajuda precisamente à “afastar as sugestões”.