(in. Occult; fr. Occulte; al. Okkult; it. Occultó).
O que se escapa à visão e só pode ser descoberto por quem tem uma segunda visão, no sentido de ser iniciado numa forma superior de saber. Neste sentido ciência oculta é, em primeiro lugar, a magia: Cornélio Agripa, em De occulta philosophia (1510), incluía na magia todas as ciências possíveis. Mas hoje também se chama de ciências oculto a teosofia, a parapsicologia, etc, seja por lidarem com fenômenos considerados manifestações de forças oculto seja porque se ache que o estudo de tais fenômenos deve ser reservado a quem se iniciou numa ordem superior de conhecimentos esotéricos. A partir do séc. XVII começou-se a chamar de qualidades oculto as causas formais e finais do aristotelismo e da escolástica, pretendendo-se ressaltar com essa expressão que recorrer a tais causas equivalia a recorrer a fatores mais desconhecidos que os próprios fenômenos, incapazes, portanto, de explicá-los. “Os aristotélicos” — dizia Newton — “não deram o nome de qualidades oculto às qualidades manifestadas, mas às qualidades que supunham estar nos corpos como causas desconhecidas de efeitos manifestados” (Opticks, 1704, III, 1, q. 31). [Abbagnano]