(in. Mentality; fr. Mentalité; al. Mentalität; it. Mentalità).
1. Termo empregado pelos sociólogos para indicar atitudes, disposições e comportamentos institucionalizados em um grupo e capazes de caracterizá-lo. P. ex.: “mentalidade dos primitivos”, “mentalidade burguesa”, etc.
2. Spaventa chamou “mentalidade pura” o pensamento reflexo ou consciente, que, para ele, deve acompanhar também as primeiras categorias da lógica hegeliana (ser e essência) (Scritti filosofici, 1901, passim). (Abbagnano)
A disposição do espírito, conjunto das crenças fundamentais de um indivíduo ou de uma coletividade. Existem diferentes mentalidades segundo as sociedades, mas todas são válidas e lógicas; a noção de uma “mentalidade primitiva”, insensível aos princípios da razão, é uma ficção, um preconceito de determinada sociedade em relação a outra, somente exprimindo, na verdade, uma incompreensão etnológica (Lévi-Strauss, O pensamento selvagem, 1962). (Larousse)
A reforma da mentalidade moderna, com tudo o que ela implica — restauração da verdadeira intelectualidade e da tradição doutrinária (v. doutrina), que para nós não estão separadas —, é por certo uma tarefa considerável. Mas seria isso uma razão para não empreendê-la? Parece-nos, ao contrário, que tal tarefa se constitui numa das mais elevadas e importantes que se poderiam propor à atividade de uma sociedade como a da Irradiação Intelectual do Sagrado Coração, ainda mais porque todos os esforços realizados nesse sentido serão necessariamente orientados para o Coração do Verbo encarnado, Sol Espiritual e Centro do Mundo, “no qual estão ocultos todos os tesouros da sabedoria e da ciência”, não dessa vã ciência profana, que é a única conhecida da maioria de nossos contemporâneos, mas da verdadeira ciência sagrada, que abre, a todos aqueles que a estudam convenientemente, horizontes insuspeitados e verdadeiramente ilimitados. (Guénon)