si mesmo

VIDE Ich, Selbst

A visão de Heidegger do eu e do si mesmo difere em três aspectos: 1. Descartes, Kant e também Scheler, para quem uma pessoa é um realizador de atos intencionais ou mentais (GA20, 175), não deixam clara a relação do eu com o corpo. O si mesmo não é, na visão de Heidegger, a reunião de corpo, alma e espírito; devemos considerá-lo como um todo (GA20, 177, 422; SZ, 47s). 2. Descartes etc. consideraram o ser si mesmo como um todo, pois do contrário nada importa: ou se é um si mesmo ou não se é. Para Heidegger não é assim. Ainda que uma pessoa fale e pense “eu”, ela não precisa ser, propriamente falando, algum si mesmo. Uma pessoa pode estar, e normalmente está, dispersa no impessoal e, portanto, no próprio-impessoal, das Man-selbst, não no “si mesmo em sua propriedade, ou seja, no si mesmo apreendido como próprio” (SZ, 129): ” A fala-do-eu ‘natural’ é conduzida pelo próprio impessoal” (SZ, 322). 3. Para Descartes etc., experiências e atividades são experiências de um único si mesmo, de mim mesmo, em virtude de uma existência anterior de um eu ou si mesmo, independentemente do que ele faz e sofre subsequentemente. Para Heidegger, o meu ser-si-mesmo depende de como eu me conduzo. Eu me torno um si-mesmo autêntico ao trabalhar em conjunto comigo mesmo, pela “subsistência de si” ou a “decisão antecipatória” (SZ, 322). Quando relaxo, eu retorno para o próprio-impessoal. Pode-se objetar que, mesmo nas profundidades da cotidianidade mediana, mantemos uma mínima “consciência de si”, de modo que, por exemplo, se eu bato no meu dedo com um martelo, sei que sou eu que sinto a dor e não meu ajudante. Heidegger poderia responder que isto acontece porque nunca relaxamos completamente, sempre retemos uma dose de “subsistência de si”, e, por isso, nunca caímos inteiramente e irrecuperavelmente no impessoal. Um si mesmo ou um eu, em qualquer nível, não é uma coisa ou substância que age, mas um tipo de atividade sem um substrato inerte, uma atividade que estende-se, além do aqui e agora, para um mundo, o passado e o futuro. Esta é uma razão para a “nulidade” de Dasein, Nichtigkeit: “Dasein existe constantemente ao longo desta beira do não (Nicht)” (GA27, 332).


O “ser” é o conceito evidente por SI MESMO. STMSC: §1

Sem dúvida, pertence a seu ser mais próprio dispor de uma compreensão de SI MESMO e manter-se desde sempre numa certa interpretação de seu ser. STMSC: §5

Dentro do horizonte da compreensãovulgar”, o “tempo” acabou tendo, por assim dizer, “por SI MESMO”, essa função ontológicaevidente” e nela se manteve até hoje. STMSC: §5

Ora, o ente pode-se mostrar por SI MESMO de várias maneiras, segundo sua via e modo de acesso. STMSC: §7

Em consequência, manifestação enquanto manifestação de alguma coisa não significa um mostrar-se a SI MESMO, mas um anunciar-se de algo que não se mostra através de algo que se mostra. STMSC: §7

Fenomenologia diz, então: apophainesthai ta phainomena – deixar e fazer ver por SI MESMO aquilo que se mostra, tal como se mostra a partir de SI MESMO. STMSC: §7

Mas a ideia de “transcendência”, segundo a qual o homem é algo lançado para além de SI MESMO, tem suas raízes na dogmática cristã, da qual não se pode querer dizer que tenha chegado sequer uma única vez a questionar ontologicamente o ser<ser do homem. STMSC: §10

No entanto, para ser também conhecida, o conhecer explícito nessa tarefa toma a SI MESMO, enquanto conhecimento do mundo, como relação exemplar entre “alma” e mundo. STMSC: §12

Agora só se conhece a constituição da presença (Dasein) e, na verdade, como algo evidente por SI MESMO, na pregnância de uma interpretação inadequada. STMSC: §12

Tanto num mero saber acerca do contexto ontológico de um ente, num “mero” representar a SI MESMO, num “simples” “pensar” em alguma coisa, como numa apreensão originária, eu estou fora no mundo, junto ao ente. STMSC: §13

Pois o que com isso se encobre é, sobretudo, o ente tal como ele, a partir de SI MESMO, vem ao encontro na ocupação e para ela. STMSC: §15

Denominamos de manualidade o modo de ser do instrumento em que ele se revela por SI MESMO. STMSC: §15

Se a presença (Dasein) se constitui onticamente pelo ser-no-mundo e se também pertence essencialmente ao seu ser uma compreensão do ser de SI MESMO, por mais indeterminada que seja, não haveria, pois, uma compreensão de mundo, uma compreensão pré-ontológica, que pudesse dispensar uma visão ontológica explícita e assim o fizesse? STMSC: §16

A presença (Dasein) nunca pode cruzar esse dis-tanciamento, a distância em que o manual está de SI MESMO. STMSC: §23

Nesse caso, o “não-eu” não diz, de forma alguma, um ente em sua essência desprovido de “eu”, mas indica um determinado modo de ser do próprio “eu” como, por exemplo, a perda de SI MESMO {CH: ou justamente também ser autenticamente próprio em oposição à egoidade indigente}. STMSC: §25

Essa preocupação que, em sua essência, diz respeito à cura propriamente dita, ou seja, a existência do outro e não a uma coisa de que se ocupa, ajuda o outro a tornar-se, em sua cura, transparente a SI MESMO e livre para ela. STMSC: §26

É essa ligação própria que possibilita a justa isenção, que libera o outro em sua liberdade para SI MESMO. STMSC: §26

A relação ontológica com os outros torna-se, pois, projeção do próprio ser para SI MESMO “num outro”. STMSC: §26

O outro é um duplo de SI MESMO. STMSC: §26

A pressuposição dessa argumentação de que o ser da presença (Dasein) é para SI MESMO o ser para um outro não é justa. STMSC: §26

O quem não é este ou aquele, nem o SI MESMO do impessoal, nem alguns e muito menos a soma de todos. STMSC: §27

Todo mundo é o outro e ninguém é SI MESMO. STMSC: §27

O si-mesmo da presença (Dasein) cotidiana é o impessoalmente-si-mesmo , que distinguimos do propriamente SI MESMO, ou seja, do SI MESMO apreendido como próprio. STMSC: §27

Numa primeira aproximação, “eu” não “sou” no sentido do propriamente SI MESMO e sim os outros nos moldes do impessoal. STMSC: §27

Através dela, esse ente (a presença (Dasein)) está junto à pre-sença (Da-sein) do mundo, fazendo-se presença (Dasein) para SI MESMO. STMSC: §28

Cresce a partir de SI MESMO como modo de ser-no-mundo. STMSC: §29

O ter medo abre esse ente no conjunto de seus perigos, no abandono a SI MESMO. STMSC: §30

Essa apreensão retira do que é projetado justamente o seu caráter de possibilidade, arrastando-o para um teor dado e referido, ao passo que, no projetar, o projeto lança previamente para SI MESMO a possibilidade como possibilidade e assim a deixa ser. STMSC: §31

Brotando de seu SI MESMO em sentido próprio, o compreender é próprio ou impróprio. “ STMSC: §31

Escolhemos esse termo para designar o “conhecimento de SI MESMO”, bem entendendo-se que não se trata de um exame perceptivo e nem tampouco da inspeção de SI MESMO como um ponto, mas de uma captação compreensiva de toda a abertura do ser-no-mundo através dos momentos essenciais de sua constituição. STMSC: §31

Enunciado significa, em primeiro lugar demonstração , mostrar por e a partir de SI MESMO. STMSC: §33

Com isso, conservamos o sentido originário de logos enquanto apophansis: deixar e fazer ver o ente a partir dele mesmo e por SI MESMO. STMSC: §33

Toda predicação só e o que e como um mostrar a partir de SI MESMO e por SI MESMO. STMSC: §33

Os integrantes da articulação predicativa, sujeito-predicado, surgem num mostrar a partir de SI MESMO e por SI MESMO. STMSC: §33

O determinar não descobre, mas, como modo de um mostrar a partir de SI MESMO e por SI MESMO, restringe a visão inicial ao que se mostra como tal – o martelo. STMSC: §33

Ele e um deixar ver conjuntamente o que se mostra a partir de SI MESMO e por SI MESMO no modo de um determinar-se. STMSC: §33

O deixar ver conjuntamente comunica e partilha com os outros o ente mostrado a partir de SI MESMO e por SI MESMO em sua determinação. STMSC: §33

O que se “comunica e partilha com” e o ser-para o que se mostra por SI MESMO e a partir de SI MESMO numa visão comum. STMSC: §33

Deve-se preservar este ser como ser-no-mundo, a saber, no mundo em que e a partir do qual o que aí se mostra por e a partir de SI MESMO vem ao encontro. STMSC: §33

Ao mesmo tempo, porém, o que se mostra a partir de SI MESMO e por SI MESMO pode, nesse passar adiante, novamente voltar a velar-se, embora o próprio saber e conhecer, formados nesse ouvir dizer, sempre vise ao próprio ente e não afirme um “sentido” com valor de circulação. STMSC: §33

Reunindo esses três significados de “enunciado” numa visão unitária de todo o fenômeno, teremos a seguinte definição: o enunciado é um mostrar a partir de SI MESMO e por SI MESMO, que determina e comunica. STMSC: §33

O mostrar a partir de SI MESMO e por SI MESMO no enunciado se dá com base no que já se abriu no compreender e descobriu na circunvisão. STMSC: §33

O enunciado não paira no ar, desligado e solto, a ponto de poder por SI MESMO abrir pela primeira vez o ente como tal; mas já se detém no ser-no-mundo. STMSC: §33

O enunciado necessita de uma posição prévia do que se abriu, a fim de mostrá-lo a partir de SI MESMO e por SI MESMO segundo os modos de determinação. STMSC: §33

Uma articulação do significado daquilo que se mostra a partir de SI MESMO e por SI MESMO pertence ao enunciado enquanto comunicação determinante. STMSC: §33

Desse modo, no impessoal, o compreender da presença (Dasein) não vê a SI MESMO em seus projetos, no tocante às possibilidades ontológicas autênticas. STMSC: §37

A certeza de SI MESMO e a decisão do impessoal espalham uma suficiência crescente no tocante à compreensão própria e disposta. STMSC: §38

O turbilhão também revela o caráter de mobilidade e de lance do estar-lançado que se pode impor a SI MESMO na disposição da presença (Dasein). STMSC: §38

O ser-no-mundo, ao qual pertencem, de maneira igualmente originária, tanto o ser junto ao que está à mão quanto o ser-com os outros, é sempre em virtude de SI MESMO. STMSC: §39

Imergir no impessoal junto ao “mundo” das ocupações revela algo como uma fuga de SI MESMO da presença (Dasein), e isso enquanto seu próprio poder-ser propriamente. STMSC: §40

Esse fenômeno da fuga de SI MESMO e de sua propriedade parece ser, na verdade, o solo fenomenal menos indicado para se investigar o que haverá de seguir. STMSC: §40

Chamamos de “fuga” de SI MESMO o decair da presença (Dasein) no impessoal e no “mundo” das ocupações. STMSC: §40

Naquilo por que se angustia, a angústia abre a presença (Dasein) como ser-possível e, na verdade, como aquilo que, somente a partir de SI MESMO, pode singularizar-se na singularidade. STMSC: §40

A fuga decadente para o sentir-se em casa do que é público foge de não sentir-se em casa, isto é, da estranheza inerente à presença (Dasein) enquanto ser-no-mundo lançado para SI MESMO em seu ser. STMSC: §40

Pertence a esse ser-no-mundo, contudo, que, entregando-se à responsabilidade de SI MESMO, já se tenha lançado em um mundo. STMSC: §41

A expressão “cura de SI MESMO”, de acordo com a analogia de ocupação e preocupação, seria uma tautologia. STMSC: §41

Será que tomando isso por base poder-se-ia mostrar a partir de SI MESMO e por SI MESMO por que ser correlaciona-se necessariamente com verdade e vice-versa? STMSC: §44

É a própria verificação de SI MESMO que lhe assegura a sua verdade. STMSC: §44

Porque esse pressupor a SI MESMO pertence ao ser da presença (Dasein), “nós” devemos pressupor também a “nós” como algo que se determina pela abertura. STMSC: §44

Não fosse o fruto um ente que chegasse por SI MESMO ao próprio amadurecimento, nada que se lhe acrescentasse de fora poderia eliminar-lhe o não amadurecimento. STMSC: §48

Em seu amadurecimento, o fruto é não apenas não indiferente em relação à maturidade entendida como o outro de SI MESMO, mas o fruto em amadurecimento é o não amadurecimento. STMSC: §48

Numa tal fala, ele é compreendido como algo indeterminado, que deve surgir em algum lugar mas que, numa primeira aproximação, para SI MESMO, ainda-não é simplesmente dado, não constituindo, portanto, uma ameaça. STMSC: §51

O antecipar da possibilidade irremissível obriga o ente que assim antecipa a possibilidade de assumir seu próprio ser a partir de SI MESMO e para SI MESMO. STMSC: §53

A angústia, porém, é a disposição que permite que se mantenha aberta a ameaça absoluta e insistente de SI MESMO, que emerge do ser mais próprio e singular da presença (Dasein). STMSC: §53

A passagem do impessoal, ou seja, a modificação existenciária do impessoalmente SI MESMO para o ser-si-mesmo de maneira própria deve-cumprir-se como recuperação de uma escolha. STMSC: §54

Com o seu mundo, ele é, numa primeira aproximação e na maior parte das vezes, uma presença (Dasein) para SI MESMO, e isso de tal modo que, a partir do “mundo” das ocupações, ele já abriu para SI MESMO o poder-ser. STMSC: §55

O impessoalmente SI MESMO do ser-com os outros nas ocupações é também alcançado pelo apelo. STMSC: §56

O si-mesmo, porém, é levado pelo apelo para SI MESMO, ao ser privado, na interpelação, desse refúgio e esconderijo. STMSC: §56

O impessoalmente SI MESMO é interpelado para o si-mesmo. STMSC: §56

A interpelação do si-mesmo no impessoalmente SI MESMO não o leva para um interior a fim de se trancar para o “mundo exterior”. STMSC: §56

Nada” é con-fessado para o si-mesmo interpelado, mas este é apelado para SI MESMO, ou seja, para assumir seu poder-ser mais próprio. STMSC: §56

Na consciência, os “enganos” não surgem de uma falha do apelo, mas somente do modo em que se escuta o apelo – de que, ao invés de ser propriamente compreendido, o apelo é arrastado pelo impessoalmente SI MESMO para uma conversa negociadora consigo mesmo, desviando-se, assim, de sua tendência de abertura. STMSC: §56

O caráter desse não determina-se, existencialmente, da seguinte maneira: sendo si-mesma, a presença (Dasein) é o ente que está-lançado enquanto SI MESMO. STMSC: §58

Esse deixar o si-mesmo mais próprio agir em si por SI MESMO, em seu ser e estar em dívida, representa, do ponto de vista fenomenal, o poder-ser próprio, testemunhado na presença (Dasein). STMSC: §60

A presença (Dasein) decidida se liberta para seu mundo a partir daquilo em virtude de que o poder-ser se escolhe a SI MESMO. STMSC: §60

Ao contrário, enquanto manter-se livre na decisão para reassumir, este ter-por-verdadeiro é decidir com propriedade pela retomada de SI MESMO. STMSC: §62

A cura já abriga em si o fenômeno do si-mesmo e, caso esta tese se justifique, a expressão “cura de SI MESMO” é uma tautologia, cunhada em correspondência à preocupação enquanto cuidado com os outros. STMSC: §64

Temporalidade é o “fora de si” em si e para SI MESMO originário. STMSC: §65

Indica também que o porvir deve conquistar a SI MESMO não a partir de uma atualidade, mas a partir do porvir impróprio. STMSC: §68

O caráter de humor e afecção do medo reside em que o aguardar medroso tem medo “de SI MESMO”, isto é, em que todo ter medo de alguma coisa é um ter medo por… O seu sentido existencial e temporal constitui-se por um esquecer-se de si: qual seja, extrair-se, de forma conturbada, do poder-ser fático em sentido próprio; é nesse esquecer que o ser-no-mundo ameaçado se ocupa do que está à mão. STMSC: §68

Aquele que tem esperança carrega, por assim dizer, a SI MESMO para dentro da esperança, contrapondo-se ao que é esperado. STMSC: §68

O aguardar abdica, por assim dizer, de SI MESMO em não mais deixando que venham a si possibilidades impróprias da ocupação a partir daquilo de que se ocupa, à exceção daquelas que se oferecem para uma atualização que não se sustenta. STMSC: §68

Antes de toda interpretaçãotemporal”, determinou-se como cura o que ilumina essencialmente esse ente, isto é, aquilo que o torna “aberto” e também “claro” para SI MESMO. STMSC: §69

Somente este ente, transmitindo para SI MESMO a possibilidade herdada, pode assumir o seu próprio estar-lançado e ser no modo do instante para o “seu tempo”. STMSC: §74

A hermenêutica é a explicação que esse compreender dá de SI MESMO, e somente de forma derivada é que se apresenta como metodologia da historiografia. STMSC: §77

As vibrações levantadas pelo princípio excêntrico que, por mais de quatrocentos anos, fez nascer um novo tempo, me parecem ter-se tornado extremamente amplas e rasas, o conhecimento progrediu no sentido da superação dele próprio, o homem retraiu-se para tão longe de SI MESMO que não é mais capaz de ser um vendo a si. STMSC: §77

E uma reflexão sobre SI MESMO, que não se dirige a um eu abstrato mas à plenitude do meu si-mesmo, é que haverá de me encontrar historicamente determinado tal como a física me reconhece cosmologicamente determinado. STMSC: §77

Porque o dizer que interpreta alguma coisa pronuncia, conjuntamente, a SI MESMO, isto é, pronuncia o ser junto ao que está à mão, que compreende numa circunvisão e que vem ao encontro na descoberta. STMSC: §79

Mas como o que varia é este que varia, o agora também mostra a vigência contínua de SI MESMO. STMSC: §81

Ao colocar-se para SI MESMO, ele coloca a série de um após outro, em que ele se encontra, a esfera do fora-de-si que é, agora, a negação negada. STMSC: §82

Por conceito, Hegel entende não o universal intuicionado de um gênero enquanto forma do que é pensado, mas a forma do próprio pensamento que se pensa: conceber a SI MESMO (como apreensão do não-eu). STMSC: §82

Em cada passo de seu “progresso”, o espírito deve “superar a SI MESMO enquanto obstáculo verdadeiramente inimigo de sua finalidade”. STMSC: §82

O próprio desenvolvimento é “uma luta dura e infinita contra SI MESMO”. STMSC: §82

É o que anuncia a seguinte frase do capítulo final da Fenomenologia do espírito: “O tempo se manifesta, pois, como o destino e a necessidade do espírito, que em si não se completou – a necessidade de enriquecer a parte que a autoconsciência tem na consciência, o imediato do em-si – a forma em que a substância está na consciência – de pôr-se em movimento ou, ao invés, de o em-si, tomado como o interior, realizar e revelar o que é interior – ou seja, de reivindicar a certeza de SI MESMO”. STMSC: §82