Bewandtnis
Os sinais mostram, primordialmente, “em que” se vive junto a que a ocupação se detém, que CONJUNTURA está em causa. STMSC: §17
O caráter ontológico do manual é a CONJUNTURA. STMSC: §18
Na CONJUNTURA se diz: algo se deixa e faz junto a. STMSC: §18
Junto com ele, enquanto ente, sempre se dá uma CONJUNTURA. STMSC: §18
Dar uma CONJUNTURA constitui a determinação ontológica do ser deste ente e não uma afirmação ôntica que sobre ele se possa fazer. STMSC: §18
Aquilo junto a que possui uma CONJUNTURA é o para quê (Wozu) da serventia, o em quê (Wofür) da possibilidade de emprego. STMSC: §18
Com o para quê (Wozu) da serventia pode-se dar, novamente, uma CONJUNTURA própria; por exemplo, junto com esse manual que chamamos, por isso mesmo, de martelo, age a CONJUNTURA de pregar, junto com o pregar dá-se a proteção contra as intempéries; esta “é” em virtude do abrigo da presença (Dasein), ou seja, está em virtude de uma possibilidade de seu ser. STMSC: §18
A partir da totalidade conjuntural, sempre se delineia que CONJUNTURA se dá com um manual. STMSC: §18
A própria totalidade conjuntural remonta, em última instância, a um para quê (Wozu) onde já não se dá nenhuma CONJUNTURA, que em sisi mesmo já não é um ente segundo o modo de ser do manual dentro de um mundo, mas um ente cujo ser se determina como ser-no-mundo onde a própria mundanidade pertence à sua constituição de ser. STMSC: §18
Esse para quê (Wozu) primordial não é um ser para isso (Dazu), no sentido de um possível estar junto numa CONJUNTURA. STMSC: §18
Nesse primeiro momento, não se deve aprofundar o contexto indicado que conduz da estrutura da CONJUNTURA para o ser da presença (Dasein) enquanto função única e própria. STMSC: §18
Esse deixar e fazer com que algo já sempre em conjunto se tenha liberado numa CONJUNTURA é um perfeito {CH: no mesmo parágrafo, falou-se da “liberação prévia” – a saber (falando-se em geral), do ser para a possível revelação dos entes. STMSC: §18
É a partir do estar junto que se libera o estar com da CONJUNTURA. STMSC: §18
A própria CONJUNTURA, enquanto ser do manual, descobre-se sempre e apenas com base na descoberta prévia de uma totalidade conjuntural. STMSC: §18
Numa CONJUNTURA descoberta, ou seja, num manual que vem ao encontro, acha-se, assim, pré-descoberto o que chamamos de determinação mundana do manual. STMSC: §18
O deixar e fazer previamente junto… com… funda-se num compreender de algo como deixar e fazer em conjunto, numa compreensão de ser e estar junto e de estar com de uma CONJUNTURA. STMSC: §18
Isso e o que lhe subjaz mais remotamente como o ser para isso, em cuja CONJUNTURA se dá o em virtude de para onde retorna, em última instância, todo para quê (Wozu), tudo isso já deve estar previamente aberto numa compreensibilidade. STMSC: §18
A partir de um em virtude de, a presença (Dasein) sempre se refere ao estar com de uma CONJUNTURA, ou seja, já permite sempre, em sendo, que o ente venha ao encontro como manual. STMSC: §18
O fenômeno do mundo é o em quê (Worin) da compreensão referencial, enquanto perspectiva de um deixar e fazer encontrar um ente no modo de ser da CONJUNTURA. STMSC: §18
O em virtude de significa um ser para, este um ser para isso, esse um estar junto em que se deixa e faz em conjunto, esse um estar com da CONJUNTURA. STMSC: §18
Em sua familiaridade com a significância, a presença (Dasein) é a condição ôntica de possibilidade para se poder descobrir os entes que num mundo vêm ao encontro no modo de ser da CONJUNTURA (manualidade) e que se podem anunciar em seu em-si. STMSC: §18
Determinando o ser do manual (CONJUNTURA) e até a própria mundanidade, como nexo referencial, não será então que o “ser substancial” do ente intramundano se dissolve num sistema de relações? STMSC: §18
Essas “relações” e “relatas” do ser-para, do ser em virtude de, do estar com de uma CONJUNTURA, em seu conteúdo fenomenal, resistem a toda funcionalização matemática; também não são algo pensado, posto pela primeira vez pelo pensamento, mas remissões em que a circunvisão da ocupação sempre se detém como tal. STMSC: §18
Essa pertinência corresponde ao caráter de instrumento do manual, isto é, ao pertencer a um todo instrumental segundo uma CONJUNTURA. STMSC: §22
A ocupação da presença (Dasein) que, sendo, está em jogo seu próprio ser, descobre previamente as regiões em que, cada vez, está em jogo uma CONJUNTURA decisiva. STMSC: §22
Numa região sempre se estabelece uma CONJUNTURA com o que vem ao encontro enquanto manual. STMSC: §24
A CONJUNTURA regional do espaço pertence à totalidade conjuntural que constitui o ser do que está à mão no mundo circundante. STMSC: §24
É este arrumar como doação preliminar que descobre um conjunto possível de lugares determinados pela CONJUNTURA e que possibilita a orientação fática de cada passo. STMSC: §24
No modo de ser desse manual, ou seja, em sua CONJUNTURA, subsiste uma referência essencial a possíveis portadores para os quais a obra está “talhada sob medida”. STMSC: §26
Na familiaridade com ela, dotada de compreensão prévia, a presença (Dasein) deixa e faz vir ao encontro o manual enquanto algo que se descobre em sua CONJUNTURA. STMSC: §26
O contexto referencial da significância ancora-se no ser da presença (Dasein) para o seu ser mais próprio, a ponto de, essencialmente, não poder ter nenhuma CONJUNTURA, sendo o ser em virtude do qual a própria presença (Dasein) é como é. STMSC: §26
É a partir da significância aberta no compreender de mundo que o ser da ocupação com o manual se dá a compreender, qualquer que seja a CONJUNTURA que possa estabelecer com o que lhe vem ao encontro. STMSC: §32
O que acontece é que, no que vem ao encontro dentro do mundo como tal, o compreender de mundo já abriu uma CONJUNTURA que a interpretação expõe. STMSC: §32
Enunciados sobre acontecimentos no mundo circundante, descrições de manualidades, “relatos de situação”, apreensão e fixação de uma “ocorrência”, descrição de uma CONJUNTURA, narração de ocorrências, estas “proposições” não podem ser reduzidas a enunciações teóricas sem que ocorra uma deturpação essencial de seu sentido. STMSC: §33
Por isso, com ele não se pode estabelecer nenhuma CONJUNTURA essencial. STMSC: §40
Na angústia, não se dá o encontro disso ou daquilo com o qual se pudesse estabelecer uma CONJUNTURA ameaçadora. STMSC: §40
A realização que se ocupa do instrumento à mão (dispor, repor, compor, transpor, etc.) é, no entanto, apenas relativa, uma vez que o realizado ainda possui o caráter ontológico da CONJUNTURA. STMSC: §53
Para se alcançar a coisalidade, ou seja, a indiferença da evidência apodítica, a presença (Dasein) precisa, primeiramente, perder-se na CONJUNTURA das coisas – o que pode até constituir uma tarefa e uma possibilidade da cura. STMSC: §53
Não estabelece mais nenhuma CONJUNTURA com o ente do mundo circundante. STMSC: §68
O mundo, no contexto do qual eu existo, afundou na insignificância, e o mundo que, dessa forma, se abre só é capaz de liberar entes sem CONJUNTURA. STMSC: §68
É preciso que eles venham ao encontro para que não estabeleçam nenhuma CONJUNTURA e possam, assim, mostrar-se numa impiedade vazia. STMSC: §68
Também a reflexão sobre o caráter ontológico privilegiado do instrumento à mão, isto é, a CONJUNTURA, obrigou a esta apreensão daquilo com que se lida, inerente a todo modo de lidar. STMSC: §69
O termo CONJUNTURA é compreendido ontologicamente. STMSC: §69
Quando se diz: seu conjunto se deixa e se faz junto com alguma coisa, o que se pretende não é constatar onticamente uma CONJUNTURA de fatos mas acenar para o modo de ser do que está à mão. STMSC: §69
O caráter remissivo da CONJUNTURA, do “com… junto…”, indica que, do ponto de vista ontológico, um instrumento isolado é impossível. STMSC: §69
O modo de lidar da ocupação só pode deixar que um manual venha ao encontro numa circunvisão, caso já se compreenda a CONJUNTURA, isto é, que sempre algo está junto com algo. STMSC: §69
O ser junto a… da ocupação, que descobre numa circunvisão, é um deixar e fazer em conjunto, ou seja, um projeto que compreende a CONJUNTURA. STMSC: §69
Compreender o para quê, ou seja, o estar junto da CONJUNTURA, tem a estrutura temporal do aguardar. STMSC: §69
É somente aguardando o para quê que a ocupação pode retornar para alguma coisa junto à qual estabelece uma CONJUNTURA. STMSC: §69
Em sua unidade ekstática, o aguardar do estar junto, simultaneamente com o reter do estar com da CONJUNTURA, possibilita a atualização específica de um manejo do instrumento. STMSC: §69
E mesmo o reter daquilo com o que estabelece uma CONJUNTURA não significa uma apreensão temática. STMSC: §69
A própria atualização, porém, só pode encontrar algo inapropriado para… na medida em que já se movimenta num reter que aguarda aquilo com que estabelece sua CONJUNTURA. STMSC: §69
O deixar e fazer em conjunto da ocupação que, por sua vez, se funda na temporalidade, ainda é uma compreensão inteiramente pré-ontológica e não tematizada de CONJUNTURA e manualidade. STMSC: §69
No entanto, para que a reflexão possa mover-se no esquema do “se-então”, é preciso que a ocupação já compreenda, “numa supervisão”, o nexo da CONJUNTURA. STMSC: §69
Pela reflexão, o caráter de CONJUNTURA do que está à mão não é descoberto mas apenas aproximado, de tal maneira que a reflexão faz ver como tal, numa circunvisão, aquilo junto com o que algo está em conjunto. STMSC: §69
Assim compreendida, esta fala não mais se pronuncia no horizonte do reter que aguarda, inerente a um todo instrumental e a suas remissões de CONJUNTURA. STMSC: §69
Mas para que a presença (Dasein) possa lidar com um nexo instrumental, ela deve compreender, mesmo que não tematicamente, algo como CONJUNTURA: um mundo já se lhe deve ter aberto. STMSC: §69
O pertencer traz uma remissão essencial à CONJUNTURA. STMSC: §70
E isso de maneira a “contar” com e por meio daquilo com que ela estabelece uma CONJUNTURA privilegiada em virtude desse poder-ser. STMSC: §80
E o faz a partir daquilo que, no horizonte do abandono ao mundo, vem ao encontro como uma CONJUNTURA privilegiada para o poder-ser-no-mundo de uma circunvisão. STMSC: §80
CONJUNTURA é o ser dos entes intramundanos em que cada um deles já, desde sempre, liberou-se. STMSC: §18