intelecto passivo

O «intellectus patiens»: o intelecto paciente ou passivo ou receptivo é aquele que opera a iluminação ou abstração.

Alguns filósofos escolásticos pensam que não há distinção real entre o intelecto agente e o intelecto passivo, que seriam dois aspectos de uma mesma faculdade. Tomás de Aquino recusa esta confusão de dois intelectos porque um mesmo princípio não pode estar ao mesmo tempo em ato e em potência (v. Ato e Potência relativamente a uma mesma coisa. Em relação a espécie inteligível, o intelecto agente está em ato para que possa produzi-la; em relação à mesma espécie, o intelecto passivo está em potência, pois a recebe e é por ela que que é “atuado”, donde o nome de intelecto possível ou potencial que o designa as vezes. Há portanto no homem dois intelectos que concorrem para a inteligência de uma mesma espécie: um dela é a causa, o outro dela é o receptor. [François Chenique, Perspectiva Metafísica]