É o contrário da verdade. Em correspondência com as várias significações da palavra verdade, distinguimos falsidade lógica, ontológica e ética. — 1. Há falsidade lógica, quando um juízo não é conforme ao objeto significado. O mero fato de o juízo não alcançar a plenitude do objeto não constitui ainda fundamento para falsidade lógica. Esta requer que se afirme o que, a respeito do objeto, se deveria negar, ou que se negue o que se deveria afirmar. 0s conceitos não são verdadeiros nem falsos. Só se pode falar de conceitos falsos, na medida em que, por causa de juízos desacertados, são referidos a objetos. — 2. A falsidade ontológica consiste na discordância entre um objeto e a sua ideia. Não há falsidade ontológica, se o objeto contém mais do que a ideia exprime, mas só se o objeto encerra alguma outra coisa que contradiga a ideia. Na natureza não existe falsidade ontológica, porque todas as coisas, pelo menos quanto à sua essência, correspondem às ideias divinas. Pelo contrário, na esfera da arte, é ontologicamente falso o que contradiz as ideias e intenções do artista ou da própria arte. Por vezes também, um objeto é denominado falso, quando comparado com ideias humanas acidentais e inexatas, ocasionadas pela semelhança com outros objetos (p. ex., falsas pedras preciosas). — 3. falsidade ética, quando uma pessoa fala ou procede de maneira diferente do que pensa (Mentira). A mera ocultação do que decorre no íntimo da pessoa não é ainda falsidade ética. — VIDE erro. — Santeler. [Brugger]