eudemonismo

(do gr. eudaimon, feliz; de eu, bem, e daimon, gênio), teoria segundo a qual a felicidade deve ser o objeto supremo do homem. — Distingue-se do hedonismo, que concebe a felicidade como o único prazer imediato. O eudemonismo envolve o epicurismo, que vê no prazer intelectual a mais alta felicidade. O eudemonismo contrapõe-se ao rigorismo da moral de Kant, por exemplo, para quem o verdadeiro bem moral não consiste em “ser feliz”, mas em “merecer” a felicidade. [Larousse]


(in. Eudemonism; fr. Eudemonism; al. Eudämonismus; it. Eudemonismó).

Qualquer doutrina que assuma a felicidade como princípio e fundamento da vida moral. São eudemonistas, nesse sentido, a ética de Aristóteles, a ética dos estoicos e dos neoplatônicos, a ética do empirismo inglês e do Iluminismo. Kant acredita que o eudemonismo seja o ponto de vista do egoísmo moral, ou seja, da doutrina “de quem restringe todos os fins a si mesmo e nada vê de útil fora do que lhe interessa” (Antr., I, § 2). Mas esse conceito de E. é demasiado restrito, pois no mundo moderno, a partir de Hume, a noção de felicidade tem significado social, não coincidindo portanto com egoísmo ou egocentrismo (v. felicidade). [Abbagnano]