(in. Style; fr. Style; al. Stil; it. Stilé).
Conjunto de características que distinguem determinada forma de expressão. Em sua origem, no séc. XVIII, a noção de estilo foi expressa pelo lema francês le style c’est l’homme même e considerada a manifestação na forma expressiva das características do sujeito em sua relação com o material empregado. Hegel considerou demasiado restrita essa concepção e incluiu no estilo também as determinações que as condições da arte em questão produzem na forma expressiva; nesse sentido, pode-se distinguir, p. ex., na música o estilo gregoriano do estilo operístico; na pintura, o estilo histórico do estilo genérico, etc. (Vorlesungen über die Ästhetik, ed. Glockner, I, pp. 394-95). Neste sentido, o estilo não seria o homem, mas a própria coisa. Em todo caso, porém, o estilo seria uma certa uniformidade de caracteres, encontrável em determinado domínio do mundo expressivo. “O estilo se nos revela como uma unidade de formas, de tônicas e de atitudes dominantes, numa complexa variedade de formas e conteúdos”, escreveu Lucian Blaga, que insistiu em estender o fenômeno estilo a todo o mundo da cultura (Orizzonte e stile, 1936; trad. it., 1946, p. 45). Às vezes, porém, viu-se no estilo “o momento de invenção, que não é invenção formalista de palavras ou de signos, mas de ideias” (G. MORPURGO TAGLIABUE, Il concetto dello stile, 1951, p. 352). [Abbagnano]