(in. Aestheticism; fr. Esthétisme; al. Ästbetizismus; it. Estetismó).
Qualquer doutrina ou atitude que considere fundamentais e primordiais os valores estéticos e reduza ou subordine a eles todos os outros (mesmo e sobretudo os morais). Neste sentido, pode-se chamar de E. tanto uma doutrina como a de Novalis ou de Schelling, que vê na arte a revelação do Absoluto, quanto a de Oscar Wilde ou de D’Annunzio, para quem prevalecem os valores estéticos na literatura e na vida.
O estetismo foi caracterizado por Kierkegaard como a atitude de quem vive no instante, ou seja, vive para colher o que há de interessante na vida, desprezando tudo o que é banal, insignificante e mesquinho. O homem estetizante, por isso, evita a repetição, que sempre implica monotonia e anula o atrativo das experiências mais promissoras. O símbolo ou a encarnação do E. é, portanto, Don Juan, o sedutor. Para Kierkegaard, a vida estetizante desemboca no tédio e, portanto, no desespero (Werke, II, p. 162). [Abbagnano]