A escola de lógicos alemães que se manifestou em 1929 através de uma brochura intitulada Wissenschaftliche Weltauffassung (Concepção científica do mundo), e mais tarde em 1930 através da revista Erkenntnis (Conhecimento). — Seu fundador foi Moritz Schlick; seus representantes principais: R. Carnap, H. Reichenbach, Tarski, L. Wittgenstein. A escola de Viena foi originalmente influenciada pela lógica matemática de B. Russel e pela física de Einstein. Sua atitude crítica leva-a a denunciar toda metafísica “vazia de sentido” (Carnap), cujos enunciados não se relacionam a um objeto real. Está na origem do “neopositivismo” ou “positivismo lógico”, que se desenvolve atualmente no E.U.A., com a iniciativa dos antigos membros do círculo de Viena exilados na América (entre 1930 e 1939) no momento da instauração do nacional-socialismo na Alemanha e principalmente por ocasião do Anschluss em 1938. [Larousse]
(in. Vienna Circle; fr. Cercle de Vienne; al. Wiener Kreis; it. Circolo di Vienna).
Tem esse nome o grupo de filósofos e cientistas que se reuniu em torno de Moritz Schlick, professor da Universidade de Viena, nos anos que vão de 1929 a 1937; grupo que compreendia, entre outros, Kurt Gödel, Philip Franc, Friedrich Waissmann, Otto Neurath e Rudolf Carnap. Ao Círculo de Viena vinculava-se o grupo de Berlim, em torno de Hans Reichenbach e Richard von Mises. A revista Erkenntniss, publicada de 1930 a 1937 e dirigida por Carnap e Reichenbach, foi o órgão desta corrente. Quando o grupo se dissolveu, com o início das perseguições raciais (1938), seus membros foram quase todos para os Estados Unidos, onde continuaram em atividade profícua. Um dos inspiradores do Círculo de Viena foi Wittgenstein. Para as ideias defendidas pelo Círculo de Viena, cuja diretriz foi antimetafísica e empirista, v. Empirismo lógico. Para outros dados, v. Barone, Il neopo-sitivismo lógico, Turim, 1953. [Abbagnano]