(gr. antiperistasis; lat. antiperistasis).
Um dos modos tradicionais de explicar o movimento dos projéteis; já que a natureza não permite o vácuo, quando um corpo sai velozmente do lugar em que estava, o ar se precipita para esse lugar e empurra o próprio corpo, que passa assim a outro lugar; e assim por diante, por toda a extensão do movimento. A essa explicação Aristóteles objetava que não se leva em conta o fato de existir um corpo que não é movido por outro: o céu (Fís., VIII, 10, 267 a 12). Essa noção foi criticada pelos que elaboraram a teoria do impulso: p. ex., Buridan (Quaest. super physicam, VIII, q. 12. Cf. ainda Bovillo, De nihilo, em Opera, 1510, f. 72 v.). [Abbagnano]