A percepção de um objeto sensível que não existe na realidade, ocorrida a um indivíduo desperto. — Distinguem-se a alucinação elementar (impressão vaga de clarão, de ruído, de mal-estar interior etc.) e a alucinação complexa (visão de personagens, audição de palavras etc). A alucinação aparece com mais frequência nos delírios de origem infecciosa (febres tropicais, dengue etc), no decurso de tumores cerebrais ou de certas perturbações psicológicas (tais como a demência paranóide, o delírio de perseguição). As alucinações coletivas são muito mais raras e originam-se da “sugestão” (pânicos ou entusiasmos das multidões) ou da histeria coletiva. A alucinação não tem relação com a “visão mística”, que se origina (ao menos quando se trata de misticismo autêntico) segundo uma técnica e um método extremamente precisos, rigorosos (é suficiente referirmo-nos a São João da Cruz) e aproxima-se muito da compreensão racional da reflexão filosófica ou da pesquisa científica. [Larousse]