agnoia

άγνοια: agnoia; ignorance; ignorância (GA19)


AGNOIA — IGNORÂNCIA

Citações dos Padres — em nosso site francês

Mestre Eckhart: Nesciência (Unwissenheit) excertos do glossário do tradutor, Enio Paulo Giachini, da ótima versão portuguesa dos “Sermões Alemães” de Mestre Eckhart

Trata-se não somente da ausência do saber que pode ser eliminada com um saber posterior, mas sim uma espécie de impossibilidade de saber no sentido de total cegueira em referência a certas dimensões. Portanto, trelas. Para saber, aqui devemos ser tocados pela coisa ela mesma. Assim, saber é sabor. Conhecer é receber.

Jean-Claude Larchet: Philokalia-Therapeutes

El carácter patológico del orgullo tiene también otros caracteres. Hay, en la base de todas las formas de esta pasión — señalan los Padres — una ignorancia. «No es el conocimiento el que conduce al vértigo del orgullo, sino la ignorancia», afirma s. Juan Crisóstomo. Esta ignorancia, evidentemente, es en primer lugar ignorancia de Dios. «El principio del orgullo es desconocer al Señor», se lee en el Eclesiastés (Qo. 10, 12), enseñanza que s. Juan Crisóstomo cita repetidas veces. Esta ignorancia primera engendra en el orgulloso una percepción delirante de la realidad. El primer daño que sufre el que está sometido al orgullo «es estar ciego y perder la rectitud de su juicio», constata s. Gregorio el Grande. Y s. Juan Crisóstomo dice en el mismo sentido que «el que está atrapado por esta pasión pierde, por así decirlo, la lucidez de las percepciones».

Roberto Pla: Evangelho de Tomé – Logion 106

Na transformação da consciência se dá um fato que não é difícil de experimentar e reconhecer porque é comum: quando o conhecimento aparece, a ignorância se dissipa, “como fumaça”, tal como o aponta Isaías quanto a alma e seus conteúdos.

Aonde vai então a ignorância? Ou melhor, porque teria que ser a ignorância uma entidade objetiva, existente, com independência do não conhecer, quer dizer, do ignorante? É possível que esta transformação seja explicada por muitos como uma consequência da dualidade conhecimentoignorância, mas certamente, ambos “princípios” não são coexistentes e jamais há tensão entre eles, nem poderia haver, porque não se conhecem, nem se encontram. É a consciência — somente a consciência — a que “passa” do ignorar ao conhecer e com isso se transforma. (vide Trevas)

Ananda Coomaraswamy: Coomaraswamy Teoria Beleza

Ignorantia = sáns. avidya, «conocimiento de», conocimiento objetivo, empírico, relativo. Cf. Brhadaranyaka Upanishad IV.4.19, «Sólo con el Intelecto (manasa ) puede verse que “No hay ninguna pluralidad en Él”»; y Katha Upanishad IV.14, «De la misma manera que el agua llovida sobre una elevada cima corre aquí y allá (vidhavati = errat ) entre las colinas, así el que ve los principios en la multiplicidad (dharmany prthak pasyam) va tras de ellos (anudhavati = vagatur)». El errantium de Ulrich = sánscrito samsarasya.

Allard l’Olivier: L’illumination du coeur

Nenhuma criatura existe do único fato que ela é isto que ela é, a saber uma certa essência; mas todas, segundo as aparências inerentes ao criado, existem em virtude do Existir divino. Como, em virtude deste Existir, existem as criaturas minerais, vegetais e animais, não saberia dizer; mas como existe a criatura humana, é o que vejo claramente em razão da experiência que disto fiz. O homem existe do Existir divino na medida que este Existir, comparado a uma luz, se reflete na face interna da mente — o intelecto agente — à maneira pela qual o sol comunica sua luz ao espelho que o reflete. E da mesma maneira que a luz refletida pelo espelho é tão intensa quanto a luz do sol que aí se reflete, assim também o reflexo do Existir divino na face interna da mente faz resplandecer existencialmente esta face tão intensamente quanto Deus que aí se mira. Toda a unidade de Deus e da Criatura humana, de que fala Ruysbroeck, mantém-se nesta realidade que é a luz divina e, ao mesmo tempo, a recepção desta luz pela face que a mente lhe oferece. Ora, a criatura humanaignora ordinariamente que ela não existe senão em razão do Existir divino e que seu intelecto agente é esta morada da luz. Ela não tem nenhuma consciência de ser um intelecto ativo; com mais forte razão, não tem nenhuma consciência da «ativação» da face interna de sua mente operada por Deus. E enquanto se encontra mergulhada nesta ignorância, a criatura humanacrê que ela existe por ela mesma, somente pelo fato de que ela é isto que ela é: crença errônea e fatal, que está na origem da soberba humana e por consequência de todos os males de que os mortais são afligidos.


Toshihiko Izutsu: Sufismo e Taoismo

En una desafiante declaración, Ibn Arabi dice que «quienquiera que practique y defienda el tanzîh en su forma extrema es o un ignorante o uno que no sabe comportarse con propiedad respecto a Dios».

En cuanto al «ignorante», Ibn Arabi no da ejemplos concretos. Algunos de los comentadores, como Bali Efendi, son de la opinión de que el término se refiere a los filósofos musulmanes y a sus ciegos seguidores. Son gente, dice Bali Efendi, que «no cree en la Ley divina y que tiene la osadía de “purificar” a Dios, de acuerdo con los requisitos de su teoría, de todos los atributos que Dios se ha atribuido a Sí mismo».