acosmismo

(in. Acosmism; fr. Acosmisme; al. Akosmismus; it. Acosmismó).

Termo empregado por Hegel (Enc., § 50) para caracterizar a posição de Spinoza, em oposição à acusação de “ateísmo” frequentemente dirigida a este filósofo. Spinoza, segundo Hegel, não confunde Deus com a natureza e com o mundo finito, considerando o mundo como Deus, mas, antes, nega a realidade do mundo finito afirmando que Deus, e só Deus, é real. Nesse sentido a sua filosofia não é ateísmo, mas acosmismo, e Hegel nota, ironicamente, que a acusação contra Spinoza deriva da tendência a crer que se pode mais facilmente negar Deus do que negar o mundo. [Abbagnano]


a) Empregado por Hegel como definição da doutrina de Spinoza, que faz desvanecer-se o mundo (Cosmos), e ser absorvido em Deus, sem, contudo, negar-lhe a existência, — cujo panteísmo, para Hegel, não deve ser considerado como fórmula ateísta, e sim acosmística.

b) Também usado para designar a concepção que não admite a realidade material do universo (Cosmos). [MFSDIC]