A Semiótica

(gr. to semiotikon; in. Semiotic; fr. Sémiotique; al. Semiotik; it. Semiótica).

Este termo, usado inicialmente para indicar a ciência dos sintomas em medicina (cf. Galeno, Op., ed. Kun, XIV, 689), foi proposto por Locke para indicar a doutrina dos signos, correspondente à lógica tradicional (Ensaio, IV, 21, 4); depois foi empregado por Lambert como título da terceira parte do seu Novo Organon (1764). Na filosofia contemporânea, E. Morris utilizou o conceito de S. como teoria da semiose (v), mais do que do signo, dividindo a S. em três partes, que correspondem às três dimensões da semiose: semântica, que considera a relação dos signos com os objetos a que se referem; pragmática, que considera a relação dos signos com os intérpretes; e sintática, que considera a relação formal dos signos entre si (Foundations ofthe Theory of Signs, 1938, II, 3). Aceita por Carnap (Foundations of Logic and Mathematics, 1939, I, 2), essa distinção difundiu-se amplamente em filosofia e lógica contemporâneas (V. pragmática; semântica; sintaxe). [Abbagnano]