O estudo da linguagem por parte da filosofia é tão antigo como a própria filosofia. Já na Antiguidade existia a opinião de que a linguagem se devia atribuir a um convênio arbitrário dos homens (Sofistas), opinião esta oposta a outra que considerava a linguagem como alguma coisa dada pela natureza
(Estóicos). Platão e Aristóteles adotaram posição intermédia. A filosofia da linguagem como peculiar disciplina filosófica existe só desde W. von Humboldt. Foi estimulada principalmente pela linguística comparada (estudo da função universal da linguagem e da estrutura essencial da mesma) e pela psicologia empírica (investigação dos elementos da linguagem e de suas condições psíquico-físicas.) — As mais importantes tarefas da filosofia da linguagem são o esclarecimento das relações entre pensamento e fala (primazia e influência), entre as funções expressiva e representativa da linguagem, a elucidação das condições psíquico-físicas da fala, do papel desempenhado pelo indivíduo e pela comunidade nacional na construção da língua, das relações entre a linguagem–tipo e a estrutura das línguas particulares, a investigação da origem primeira da linguagem no tempo, bem como da origem da linguagem na criança e na ulterior evolução da língua. — As direções da filosofia da linguagem divergem principalmente na questão da coordenação de pensamento e língua. Enquanto a antiga filosofia da linguagem admitia unanimamente a independência e supremacia do pensamento em relação à fala, sendo diversamente concebida a relação entre ambos (segundo a direção empirista [Marty]: a linguagem é produzida pelo pensamento, com o fim de este se comunicar; segundo a direção idealista [Vossler], a linguagem é manifestação perfeitamente adequada do pensamento), muitos autores modernos absorvem o pensamento na linguagem (Ipsen) ou o derivam desta (Stenzel). — Brugger.