(in. Inference; fr. Inférence; al. Inferiren; it. Inferenzà).
No latim medieval, encontra-se em muitos lógicos o termo inferre, que designa o fato de, numa conexão (ou consequentia) de duas proposições, a primeira (antecedente) implica (ou melhor, contém por “implicação estrita”) a segunda (consequente). Na filosofia moderna, o termo “inferência” é preferido pelos anglo-saxões, ao passo que, em língua italiana, se prefere illazione (ilação). Na língua inglesa, esse uso é muito amplo, significando desde implicação , como p. ex. em Jevons e, em geral, nos lógicos ingleses do séc. XIX, até o processo mental através do qual, partindo de determinados dados, se chega a uma conclusão por implicação ou mesmo por indução (Stebbing, Dewey), Stuart Mill diz: “Inferir uma proposição de uma ou mais proposições antecedentes, assentir ou crer nela como conclusão de qualquer outra coisa, isso é raciocinar no mais amplo significado do termo” (Logic, II, 1, 1). Essa palavra é empregada com o mesmo sentido generalíssimo por Peirce (Chance, Love and Logic, cap. VI) e por muitos lógicos contemporâneos (Lewis, Reichenbach, etc). Dewey distinguiu a inferência, como relação entre signo e coisa significada, da implicação, que seria a relação entre os significados que constituem as proposições (Logic, Introdução; trad. it., p. 96), mas essa proposta não teve seguidores. [Abbagnano]