A relação de pensar e ser movimenta toda reflexão ocidental sobre o sentido. Essa relação permanece sendo a pedra de toque em que se pode ver até onde e de que modo se favorece e propicia a capacidade de se aproximar daquilo que, enquanto o a-se-pensar, faz apelo ao homem histórico. Parmênides nomeia essa relação na seguinte sentença do fragmento III:
To gar auto noein estin te kai einai.
“Pois o mesmo é pensar e ser”.
Parmênides explicita esta sentença numa outra passagem do fragmento VIII, 34-41:
(Citação em grego)
“O mesmo é pensar e o pensamento de que o é é;
pois sem o ente em que é, enquanto o que se exprime, não podes encontrar o pensar. Nada é e nada será outro fora do ente, pois a Moira o concatenou de modo a ser todo e imóvel. Por isso haverá de ser mero nome
o que os mortais constataram, convencidos de ser verdadeiro: tanto `devir’ como `perecer’, `ser’ como ‘não-ser’,
`deslocamento’ como `mudança da cor brilhante”’ (W. Kranz). (GA7 205)