Verdade é também considerado um conceito transcendental. Todo ser é verdade. As verdades não são unívocas, nem equívocas, são análogas também. Por isso, os escolásticos diziam ens et verum convertuntur, ente e verdade são convertíveis. Todo ser é verdadeiro e tudo o que é verdade é ser. Se há uma falsidade lógica, não há antológica nem ôntica (a verdade da coisa em si mesma). Entre o ser e a verdade há apenas uma distinção real–racional.
Como vimos em “Teoria do Conhecimento”, a verdade se pode dizer do intelecto e das coisas. Por isso se podem distinguir: a verdade do intelecto, que é cognição; a verdade lógica, a verdade da coisa, a verdade ontológica ou transcendental, a verdade do ser, cujo estudo dispensamos repetir aqui.
Todo ente é verdadeiro.
Todo ente pode ser considerado como ensidade. E enquanto tal (unidade) é adequado a si mesmo. Não se deve considerar a verdade como se fosse apenas verdade lógica. Verdade é também um atributo ontológico (por ser ente).
Toda tensão, como ensidade, é verdade, num determinado plano, o qual pode não ser tal. Este pássaro, como pássaro, é verdade (ôntica e ontologicamente considerado). Um pássaro voando no fundo do mar (outro plano existencial) não é verdade.
A verdade lógica permite a verificação (adaequatio rei).
Aqui temos facilmente a mão o conceito de falso.
A relatividade da verdade está na operação que verifica, a adequação. [MFS]