verbos

Desde o início deste trabalho tentamos mostrar que, para expressar suas ideias, o homem emprestava seus meios de expressão às formas das coisas e aos movimentos das figuras circundantes, sem se preocupar o mínimo com a sua natureza intrínseca. Só importava a seus olhos sua aparência, a direção de seu deslocamento que lhe podia servir de referência e de símbolo aproximativo. Em consequência do seu papel, os verbos acabaram por açambarcar esta função, seguidos dos advérbios e das preposições adverbiais. Ora, esse pensamento dinâmico, anterior à palavra, foi ordenado pelos matemáticos em grupos de transformações. Reduzindo os verbos a trinta grupos, cada um correspondente a um gesto determinado, nada mais fizemos que aplicar à linguagem essa lógica dos grupos. Baseia-se nas relações de interdependência que define a nova tipologia, onde a natureza respectiva das figuras não se modifica pelos deslocamentos que lhe são impostos, do mesmo modo que um sentido metafórico idêntico permanece sob a diversidade dos verbos do grupo. (Benoist)