Os Titãs, referidos, frequentes vezes, como a «geração primitiva de deuses», foram, durante tempos incalculáveis, os seres supremos do Universo. De estatura descomunal, tinham uma força inimaginável. Apesar de bastante numerosos, apenas alguns aparecem mencionados pelos mitógrafos em determinadas histórias. O mais importante foi Crono (em latim, Saturno). Dominou os outros titãs até ao momento em que Zeus, seu filho, o destronou e tomou ele próprio conta do Poder. Os Romanos diziam que quando Júpiter (a designação latina de Zeus) ascendeu ao trono Saturno fugira para Itália, levando consigo a Idade de Oiro, era de paz e felicidade perfeitas, que se prolongou por todo o seu reinado.
Os outros titãs mais dignos de nota foram Oceano, o rio que, segundo se supunha, envolvia a Terra; sua esposa, Tétis; Hiperíon, pai do Sol, da Lua e da aurora; Mnemosine, que significa «Memória»; Témis, habitualmente equivalente à ideia de justiça; e Jápeto, pai de Atlas, que trazia o mundo às costas, e de Prometeu, o salvador da humanidade. Dentre toda a geração primitiva de deuses só estes não foram banidos, após o aparecimento de Zeus; Foram relegados, no entanto, para uma posição de menos destaque. (Hamilton)