Assim, diz Platão que “o homem é uma planta celeste, o que significa que ele é como uma árvore invertida, cujas raízes estendem-se para o céu e os ramos embaixo para a terra”. Em nossa época, os ocultistas abusaram desse simbolismo, que nada mais é para eles que uma simples comparação, mas cujo sentido profundo lhes escapa por completo, e que interpretam da forma mais grosseira e “materializada”, tentando justificá-la por meio de considerações anatômicas, ou antes “morfológicas”, de extraordinária puerilidade. Aí está um exemplo, entre tantos outros, da deformação a que submeteram as noções tradicionais fragmentárias que, sem compreendê-las, procuraram incorporar às suas próprias concepções. (Guénon)