Em certos rituais iniciáticos se aplica a subida por uma escada em espiral. Neste caso, trata-se, poderíamos dizer, de uma ascensão menos direta, visto que, ao invés de se realizar verticalmente na direção do próprio eixo, ela se cumpre seguindo as voltas da hélice que se enrola em torno do eixo, de tal forma que o seu processo parece ser mais “periférico” que “central”. Mas, em princípio, o resultado final deve ser o mesmo, pois trata-se sempre de uma subida através da hierarquia dos estados do ser, em que as espiras sucessivas da hélice são uma representação exata dos graus da Existência universal. (Guénon)
O uso iniciático da escada em espiral pode ser explicado pela identificação dos graus de iniciação aos diferentes estados do ser; pode-se citar como exemplo, no simbolismo maçônico, a escada de caracol (winding stairs) de 15 degraus, repartidos em 3 + 5+ 7, que conduz à “Câmara do Meio”. (Guénon)