Na psicanálise freudiana, o termo “tópica” designa a articulação do aparelho psíquico em vários sistemas dotados de funções distintas e considerados como “lugares psíquicos” possuindo uma figuração especial. A primeira tópica distingue: inconsciente, pré-consciente e consciente; a segunda, id. ego e superego. [Japiassu]
(gr. topike techne; lat. Topica; in. Topics; fr. Topique; al. Topik; it. Topica).
Teoria dos lugares lógicos e a arte de inventá-los (v. lugares).
Kant chamou de tópica transcendental a teoria dos lugares transcendentais, ou seja, as posições atribuídas aos conceitos na sensibilidade ou no intelecto puro. Essa tópica deveria evitar a anfibolia (uso duvidoso) dos conceitos de reflexão (Crítica da Razão Pura, Analítica transc., nota a anfibolia).
Droysen falou também em tópica historiográfica, que seria a coletânea das exposições do que foi historicamente investigado (Grundzuge der Historik, 1882, § 18). [Abbagnano]