Textualmente: “aquele em que havia um ser”, fórmula aristotélica para designar aquilo que entra na definição de um ser (Met.,A, 3; A, 6; Z, 4-6, 10; H, 1; Fís., II, 1). Outras fórmulas: tò tí esti: “o que é algo” (Fís., II, 7); tí esti (Tóp., 1,9; Fís., II, 1). [Gobry]
Ao pensar tò ón, o pensador pensa tò einai – o ser, a saber, dos entes. Pensa o ser enquanto aquilo a partir de onde surge todo ente. Frente ao ente o ser já “é”, portanto, sempre o “mais antigo”. Ao se pensar o ser, representa-se o ente naquilo que ele já foi, tí hen. Por isso, Aristóteles determina ainda mais precisamente o que o pensador tem, para pensar como tò tí hen einai – o ser enquanto aquilo que já é no ente, ou seja, “o que foi”. [GA55MSC:72]